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A manhã desta terça-feira, 04 de junho, em São Paulo, foi marcada por emoção, reconhecimento e protagonismo feminino no campo. Aconteceu a segunda edição do Prêmio Mulheres Positivas do Agronegócio, e pela primeira vez na história, uma mulher de São Joaquim foi premiada na categoria Frutas: Kátia Helena Fenner Rodrigues, de 47 anos, produtora rural e referência na região da Serra Catarinense.
A premiação celebra a liderança, inovação e força transformadora das mulheres que atuam no setor agropecuário. Kátia foi homenageada por sua atuação destacada como fruticultora, além de sua trajetória inspiradora como sucessora de uma propriedade rural centenária no interior de São Joaquim.
Mãe de dois filhos, bisneta, neta e filha de tropeiros e pecuaristas, Kátia é profundamente enraizada na cultura local. Ela é uma guardiã dos saberes, dos costumes e das tradições da Serra, mantendo viva a memória do campo com inovação e sustentabilidade. Seu trabalho vai além da produção agrícola: ela é uma das integrantes do Movimento de Mulheres Araucarianas e idealizadora do projeto “Araucarianas Semeadoras da Serra”, uma iniciativa voltada à Certificação em Sustentabilidade Ambiental para extrativistas do pinhão e produtoras rurais da região.
O projeto propõe a criação do Selo Rosa, uma certificação que reconhece as mulheres que adotam práticas sustentáveis no extrativismo do pinhão (semente da araucária, ou pinheiro-brasileiro), bem como na fruticultura, pecuária, artesanato e culinária tradicional. A proposta visa dar visibilidade, valorização e pertencimento às mulheres do campo, promovendo a preservação do bioma da Serra Catarinense e o resgate de práticas culturais milenares.
“A conquista desse prêmio representa não só o meu trabalho, mas o esforço coletivo de muitas mulheres da nossa região. Somos guardiãs de um território, de uma cultura e de um modo de viver que merece ser reconhecido”, destacou Kátia durante o evento.
A iniciativa do Prêmio Mulheres Positivas do Agronegócio busca justamente isso: dar palco às histórias de mulheres que lideram com sensibilidade, técnica e compromisso com o futuro do agro brasileiro.
A vitória de Kátia não é apenas pessoal — ela simboliza o reconhecimento de São Joaquim como terra de mulheres fortes, comprometidas com o legado e com o amanhã. Uma história que inspira e orgulha toda a comunidade joaquinense.